domingo, 26 de agosto de 2012

Vencendo os gigantes da vida!



“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a quem tens afrontado. V.46, Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça, e os cadáver do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves dos céus e às bestas-feras da terra: e toda a terra saberá que há Deus em Israel. V.47, Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança, porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos. V.49, Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; a pedra encravou-se-lhe na testa, e ele caiu com o rosto em terra. V.50, Assim prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu e o matou; porém não havia espada na mão de Davi. V.54  (I Samuel 17.45-47,49-50,54)

A batalha de Davi e Golias é uma das histórias mais bem-conhecidas em toda a Bíblia. Um campeão, Golias, saía do campo dos filisteus todos os dias durantes mais ou menos quarenta dias, desafiando o exército israelita para mandarem um competidor digno. Este gigante filisteu tinha mais ou menos três metros e usava pelo menos 55 quilos de armadura. Confiante na superioridade de seu equipamento e da sua força natural ele propõe uma competição em que o ganhador ficaria com tudo. Ninguém aceitava a proposta!

O jovem Davi foi enviado por seu pai para levar grãos tostados, pães e queijo para os seus irmãos e o seu comandante na frente da batalha. Foi neste campo que a vida de Davi tomou um rumo diferente, e nunca seria a mesma. O resultado final, porém, não aconteceu por acidente. Davi fez quatro coisas que, para sempre, instruirão tantos os jovens com corações voltados a Deus, quanto a qualquer um que busque a força que venha dos altos céus.

1º Ele aproveitou uma oportunidade - Conhecemos Davi como um pastor, um músico, um salmista, um lutador e um rei. Mas a porta para uma carreira bem-sucedida como homem de Deus apareceu para ele no vale de Elá. Ao observar a intimidação e guerra psicológica de Golias, Davi perguntou, “... aos homens dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1 Samuel 17:26). Ninguém jamais consegue qualquer coisa de importância se não aproveitar de suas oportunidades. A covardia das forças armadas israelitas, incluindo o Rei Saul, era uma porta aberta para Davi. O mesmo menino pastor que havia matado um leão e um urso diria ao rei “este incircunciso filisteu será como um deles...” (17:36).

Ele não permitiu que a sua juventude pudesse detê-lo - O irmão mais velho de Davi, Eliabe, falou com desdém: “Por que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a tua maldade; desceste apenas para ver a peleja” (17:28). Outros que minimizavam poderiam ter dito: “Ah, ele é jovem e inexperiente. É apenas a exuberância da juventude.” Mesmo hoje, é natural, que procuremos na igreja as pessoas mais velhas em posições de influência, mas isso não quer dizer que eles não tenham nada a oferecer. Um jovem piedoso pode fazer uma diferença! Uma pessoa nova na fé, pode fazer a diferença.

3º Ele viu a vitória antes de lutar a batalha - Não se pode perceber algum traço de medo na voz de Davi neste episódio todo. Pelo contrário, a sua coragem espalha. Ele informou ao rei: “Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra o filisteu” (17:32). Quando, enfim, aconteceu a batalha, Golias deu um ataque verbal: “Sou eu algum cão, para vires a mim com paus?” (17:43 Percebemos que Golias estava ofendido com o jovem bonito, não ameaçador, que estava diante dele. É o melhor que os israelitas podem oferecer? Pelo contrário, Davi ficou firme e envolveu o gigante verbalmente, mas não se orgulhou da mortal certeza da funda dele. “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado...porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos” (17:45,47).

Ele foi movido por um propósito maior - Davi fala ao seu oponente que a vitória iminente tinha um objetivo maior: "e toda a terra saberá que há Deus em Israel” (17:46). O jovem Davi foi movido pela vingança do nome de Deus em um mundo ignorante. Você fica triste em pensar em quantos dos seus amigos e vizinhos não conhecem a Deus? Se isso te chateia, o que você fará? Davi não aceitaria sentar ao lado enquanto um filisteu incircunciso desafiou os exércitos do Deus vivo! Enquanto a verdade de Deus leva uma pessoa a indignação justa e confiança absoluta, como também preocupação pelas almas perdidas de outras pessoas, ela não poderá mais tremer em timidez. Ao invés disso, ela se levantará e agirá. Como Isaías, ela dirá “Eis-me aqui, envia-me”. Como termina esta história? “Assim, prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu, e o matou” (17:50).

Hoje, que problemas estão nos afligindo? Que dificuldades estão trazendo ansiedade, angústia e medo a nossa alma? Confia no Senhor como Davi e serás vitorioso!

Onde está o nosso coração? Quais são as prioridades de nossa vida? Onde temos posto a nossa confiança? Na tua beleza física, na força dos músculos, nos talentos e virtudes, no dinheiro, na imagem construída ao longo de tua vida?

Os que confiam em carros e cavalos encurvam-se e caem. Os que confiam em Deus levantam-se e permanecem de pé. Em qualquer situação de tua vida, por mais fácil ou simples que seja, devemos nos lembrar sempre: toda glória pertence ao Senhor!!! Dele vem o livramento e a vitória. Confia nele e será sempre um vencedor.
                   
                                                  Evangelista Rubens Mondaine


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma prova de fé



O que você faria se Deus lhe dissesse para oferecer o seu único filho a Ele em sacrifício?

Esta realidade foi vivida pelo servo de Deus Abraão.

– Porque Deus provou Abraão desta maneira? O propósito de Deus colocar Abraão nesta prova tão difícil foi o de aumentar a fé que ele tinha, proporcionando-lhe uma vitória maior através de um conhecimento maior de Deus e de seu plano. Nesse processo de prova, Abraão teve a oportunidade de demonstrar obediência e crescer espiritualmente. Deus queria ver o coração de Abraão. Deus quis verificar se Abraão O amava mais que a seu filho Isaque e testar sua fé quanto a promessa de fazer dele uma grande nação.

- Um grande conflito foi vivido por Abraão. Como pai amava o filho Isaque. Contudo, como servo do Senhor sabia que precisava obedecer.

- Não havia nenhuma razão vinda de Deus que justificasse tal pedido.

- Como sacrificar o filho, diante da promessa de se formar uma grande Nação a partir desse filho?

Podemos tirar como lição para nossas vidas, a obediência imediata desse servo do Senhor, pois, mesmo sem entender o motivo da ordem de Deus, Abraão obedeceu imediatamente.

Possivelmente quando caminhava rumo ao holocausto, um turbilhão de pensamentos pairava na mente daquele pai. Contudo, pela fé ele caminhava em obediência ao Senhor.

 Abraão creu que Deus ressuscitaria seu filho Isaque. Ao dizer ao seu servo: “Esperai aqui,... e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.”  Abraão cria que após oferecer o filho em sacrifício ao Senhor, Ele o ressuscitaria para que as promessas feitas pelo Senhor anteriormente viessem a se cumprir. Esse foi o ponto mais alto da fé de Abraão.

Essa mesma fé é vivenciada por aqueles que se rendem ao Senhor Jesus recebendo-O como Salvador de suas vidas.

Deus manifestou sua glória a Abraão trazendo-lhe a resposta que precisava - Após ter visto que Abraão amava mais a Ele que a seu filho Isaque, o Senhor interveio de forma maravilhosa, trazendo resposta ao seu filho Abraão. Deus providenciou um cordeiro para que fosse sacrificado no lugar de Isaque. Após passar por esta prova difícil, Abraão foi aprovado pelo Senhor. O Cordeiro oferecido como substituto de Isaque, ilustrando o sacrifício do Senhor Jesus. Em Romanos 8.32 lemos: “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”

A Bíblia nos afirma em Romanos 3.23, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” nos mostra também em Romanos 6.23a “porque o salário do pecado é a morte,” o grande amor de Deus o levou a dar o melhor que tinha: Jesus Cristo para nos livrar da morte eterna. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (João1.29)

Vimos de forma maravilhosa que Abraão Creu, ele confiou no Senhor mesmo diante de uma difícil prova, e para a glória de Deus foi aprovado e recebeu a resposta do Senhor que fez cumprir em sua vida, suas maravilhosas promessas.

Assim, também, é propósito de Deus realizar maravilhas em nossas vidas!


(Palavra ministrada pelo irmão Jefferson Andrade de Olegário - Culto com a direção dos Obreiros)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Agnus Day - Aleluia!!!


Voltarei para casa do PAI!!




"Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades. Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada. Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Disse-lhe o filho: Pai, pequei conta o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho." (Lucas 15:11-21)

Na cultura judaica da época de Jesus, a família era baseada no formato patriarcal. O pai possuía uma imagem muito forte na sociedade. O pai judeu era a figura do pai dono da fazenda, do pai patrão, aquele pai que é senhor da família, todas as decisões giravam em torno dele. Nenhum dos filhos ousaria questionar sua autoridade, sob pena de ser deserdado, banido do seio familiar e de suas heranças. Além de ser mal visto por toda comunidade vizinha.

Jesus em seus ensinamentos apresentava Deus como o Pai celestial. Isso ia de encontro à imagem do pai "severo" da cultura judaica, pois Jesus tratava com amor todos os pecadores.

No capítulo 15 de Lucas, vemos que em resposta a estas murmurações, Jesus começa a contar uma série de parábolas que descrevem o caráter do "Pai Celeste". "E disse: certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda... E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente." Lucas 15:11-13

A primeira característica, que o filho pródigo apresenta, é um rompante de autodeterminação. Ele quer ser o dono de sua vida, dono de seu destino. Ele quer ter o poder de decidir o que fazer com sua vida, da forma que lhe agradar, da maneira que lhe convier. Quer decidir com quem sair, aonde ir, a que horas voltar e se voltar pra casa. É o tipo "eu sou dono do meu nariz e faço o que quero com minha vida". Muitas pessoas tem ainda esse tipo de rompante. Querendo viver suas "próprias vidas", recuperando o "tempo perdido". Literalmente "chutam o balde", partindo em busca de prazer.

A segunda característica desse filho pródigo é a tentativa de se afastar ao máximo, para um lugar onde os ecos da voz do Pai não pudessem constranger o seu modo de viver. E assim o filho pródigo vai de prazer em prazer, de farra em farra, de prostituta a prostituta, de motel em motel, de bebedeira em bebedeira. Gastando e consumindo tudo o que tem, procurando mais prazer, no culto ao corpo, no culto de si mesmo. Na procura de uma felicidade, uma satisfação de seus próprios instintos, cria quase que um buraco no peito, que segue devorando todos os seus recursos físicos e psicológicos. Uma tentativa desesperada de preencher esse vazio. Porém há limites para o prazer humano. Há limites para o prazer carnal. Uma vida de culto ao corpo e ao prazer nunca poderá trazer a verdadeira felicidade.

Quando tudo é consumido, quando todas as reservas materiais acabam, os amigos somem. Acabou cuidando de porcos, desejando se alimentar da comida dos porcos, porém ninguém lhe dava nada! Assim é o mundo, não nos enganemos!

A salvação do filho pródigo passa pelo reconhecimento de sua condição: Jesus narra que este filho pródigo "cai em si". Isto é, ele pensa "o que eu estou fazendo aqui meu Deus?". Ele volta ao "eixo" da vida. E este "cair em si" é algo que satanás tenta de todas as formas evitar que aconteça com o ser humano. Ele cega o entendimento dos homens para que eles continuem respondendo somente a instintos e vontades carnais e nunca reconheçam o seu estado pecaminoso. Porém, o filho pródigo, ao menos se lembrava do pai como pai, e acreditava na possibilidade da misericórdia.

Nesta volta do filho pródigo, podemos perceber claramente a compaixão do pai, no caso Deus, o criador do universo. Deus está sempre pronto a ouvir qualquer um de seus filhos, mesmo aquele que, movido pela sua ignorância, acabou se afastando. Contudo, basta uma demonstração de arrependimento sincero, que Ele já está prestes a nos receber em Seus braços.

“Filho, tu sempre estás comigo, tudo que é meu é teu". Esta é a resposta do pai, ou seja, Jesus afirma que Deus é nosso Pai. Não o pai que os fariseus acreditavam, mas sim um Pai que diz: "Filho, tu sempre estás comigo, tudo que é meu é teu". E festeja essa volta com toda alegria de um Pai que aguardava ansioso esse filho, de um Pai que nunca desiste dos seus.

Talvez conheçamos Deus como Senhor, como juiz, como fogo consumidor, como criador de tudo. Realmente Deus é isso tudo, porém antes de tudo, ele é PAI! Um Pai misericordioso!  Um Pai de Amor!


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Deus não desiste de você!




"Palavra do Senhor que veio à Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do Senhor: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel."
(Jeremias 18:1-6)

A casa do oleiro é um lugar de entendimento e revelação - É na casa do oleiro que o vaso é moldado. O Senhor Deus é o oleiro e nós somos os seus vasos, a Igreja é a casa do oleiro, e nós somos a Igreja do Senhor, e com isso, a habitação do Espírito Santo. Como Igreja, somos: tratados, moldados e remodelados por Deus. Aconteça o que acontecer não deixamos de ser igreja! A casa do oleiro é na presença de Deus, sendo assim, Deus não fala se não, na casa d’Ele.

Deus fez Jeremias descer à casa do oleiro para observar aquilo que Ele tinha para revelar. Em toda a história da humanidade, o homem sempre quer se destacar e elevar-se acima dos outros. As pessoas sempre querem subir. Ter fama, reconhecimento, dinheiro, status... Tudo isso as pessoas procuram para subir na vida! E para isso, quantos esforços fazem, alguns entram em situações e caminhos difíceis, pois a sua ambição os cega e os faz até mesmo perder a direção. Mas para os Cristãos, o caminho é diferente! Para se ter sucesso, o caminho é a humildade. Para subir, tem que descer!

“Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.” - O barro só pode ser reaproveitado quando está mole, maleável, tratável, corrigível. A ação D´Ele em nossas vidas nos faz maleáveis. Devemos nos dispor à ação do Espírito Santo, e deixar Ele nos amaciar, nos moldar. A forma de Deus trabalhar é exclusivamente d’Ele, não podemos contender com o oleiro. Só Ele conhece a necessidade de cada um de nós. Ele nos constituiu vaso, todavia, Ele pode fazer com que nos tornemos barro novamente. Enquanto o vaso se apresenta como rocha, o vaso não pode ser moldado, mas, quando o barro entende que é barro, então o oleiro pode mover, manusear, moldar....
(Isaías 45: 9) "Ai daquele que contende com o seu Criador! O caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou a tua obra: Não tens mãos?" (Isaías 45: 9). Para os que contendem com o Criador não há salvação; a obra soberana de Deus é formar vasos a partir do barro; o caco de barro que contende com o Oleiro Eterno questiona as ações como se as mãos do Criador não pudessem salvar.
Assim como o barro depende do oleiro para tomar forma, o povo de Israel precisava descansar (confiar) nas mãos do Oleiro Eterno, que tem poder para fazer novamente todas as coisas. E assim também acontece com todos nós.
O apóstolo Paulo ciente desta verdade escreveu aos cristãos em Roma e alertou aqueles que achavam que a palavra de Deus havia falhado para com o povo de Israel (Romanos 9: 6). Seguindo o exposto nos versículos posteriores é fácil concluir que os homens são 'feitos' a partir do barro. Não importa se salvos ou não, todos os homens são provenientes do 'barro', como é demonstrado no livro de Gênesis 2: 7. Do mesmo modo que se conclui que todos os homens são vasos 'confeccionados' (formados) a partir do barro, conclui-se também que todos os homens (salvos e perdidos) são obras da mão de Deus. "Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?" (Rm 9:21)

O poder de Deus trás à existência tanto os 'vasos' para desonra quanto os 'vasos’ para honra. O barro utilizado para fazer os vasos para a honra e desonra é o mesmo. Porém, não podemos esquecer que, primeiro são feitos os vasos para desonra, para depois vir à existência os vasos para honra (I Coríntios 15: 46- 48). Primeiro o homem natural, depois o espiritual. O apóstolo Paulo demonstra que 'nós', ou seja, os cristãos (aqueles que são chamados através do evangelho dentre judeus e gentios) são os vasos de honra "... a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para a glória já dantes preparou, os quais somos nós..." (Romanos 9: 23- 24). "Vasos de misericórdia" é o mesmo que "vasos de honra". Todos que creem em Cristo, conforme diz as Escrituras, são vasos para honra, visto que, em Cristo todos são feitos participantes da natureza divina, contados como filhos de Deus. Os vasos para honra são os cristãos. Todos os que creram foram de novo modelados (criados) segundo o evangelho que é poder de Deus (João 1: 12- 13; Romanos 1: 16). Deixam a condição de filhos da ira para serem vasos de misericórdia. Deixaram a condição de pecado proveniente da desobediência de Adão, e passaram a condição de filhos de Deus proveniente da obediência do último Adão (Cristo).

O oleiro não despreza nenhum vaso que vem a Ele, que reconhece Jesus Cristo como único Senhor e Salvador de sua vida. O oleiro não desiste de nós, e trabalha para nos moldar! É na obediência que está a nossa vitória! Procuremos sempre fazer a vontade de Deus, mesmo que não a entendamos, assim como Jeremias. Ele poderia ter questionado o que iria fazer na casa do oleiro, mas não o fez! Ele atendeu à ordem do Senhor e lá pôde ouvir a voz de Deus! Se Deus nos deu uma ordem não tardemos em cumpri-la, e veremos o agir d‘Ele em nossas vidas.